Profissão Docente - Módulo IV (2013)


SEMANA 1 - Vídeo-aula 1: Papel do professor: instruir ou educar?




Aula da professora Silvia Colello sobre profissão docente e a atuação do professor hoje.
O professor tem que ensinar, isto é um valor já enraizado e definido na sociedade, mas além desta definição há vários valores intrínsecos como profissionalização, criatividade, competência, autonomia, ética, inserção social, etc.
O professor tem os desafios dos apelos do mundo de hoje e seus grandes problemas e o ensino pré-estabelecido historicamente.
O papel docente têm duas dimensões uma o instruir, relação do ensinar e aprender, e do educar que envolve o individuo por completo, como ser.
Georges Gusdorf década de 60 questiona que será que a educação deve se submeter ao ensino ou vice versa?
Quando a educação se submete ao ensino há uma configuração onde o professor ensina os saberes das disciplinas e este resulta num ser humano educado. Ensino conteudista que valoriza as disciplinas e deixa de lado a educação em valores.
Quando o ensino se submete à educação valoriza o projeto educativo e todos os saberes assim se justifica.
"A pedagogia real situa-se para além dos limites e das intenções de qualquer disciplina." (Georges Gusdorf. Professor para que? 1970).
A valorização do processo educativo quanto ao significado social e compromisso social e diversidade.
O papel do professor:
Compromisso com a Educação - Dimensão pedagógica e educacional que são indissociáveis que valorizam os saberes e a formação do indivíduo. Valorizando o desenvolvimento, a aprendizagem e conhecimento, a personalização (identidade), a socialização que é inserção dos alunos na sociedade e a humanização, acesso a cultura. Libertação, enfrentar a realidade de maneira criativa.
Como garantir assim o equilíbrio entre as dimensões pedagógicas e educacionais?
A escola precisa estar inserida na sociedade com seu projeto político pedagógico (PPP - macro esfera) definido e com objetivos. E as ações docentes (micro esferas) atuante e ativa.


Vídeo-aula 2: A ação educativa ao longo da trajetória escolar






Aula da professora Silvia Colello sobre a função educativa e seu significado ao longo da trajetória escolar. Além da transmissão do ensino a escola tem o objetivo de trabalhos com projetos com temas em valores como drogas, orientação sexual, adaptação.
A ação educativa é feita com toda a trajetória escolar do aluno, a representação da escola e do professor para o aluno.
Na educação infantil a escola é uma novidade, grandes descobertas e alegrias. Lugar de brinquedos e alegria, assim o aluno representa a escola como algo de novo mundo e feliz. Para o aluno a representação é do novo, adaptação, ampliação das referências, dos saberes, das linguagens e das relações. O papel do professor assim é a institucionalização com todo investimento cognitivo e social é apresentar a escola para o aluno.
No Ensino Fundamental (1º e 2º) a escola é como espaço do aprender e mais seriedade e cobranças.  O papel do professor neste momento é de institucionalização de demonstração do que é a escola, fortalecimento do vínculo com o saber, estimulação dos valores que regem a convivência social.
Ensino Fundamental (3º e 4º) modifica-se a leitura sobre a escola porque ela aparece como um espaço plural, mais complexa para a criança e menos globalizada. O papel do professor neste momento é o de fortalecimento da relação aluno-escola pelas dimensões afetiva, metodológica, funcional, cognitiva e social.
Ensino Fundamental (5º a 9º ano) a escola deixa de ser um espaço exclusivo e percebe a escola entre tantos outros mundos.  A adolescência é a fase das crises, conflitos e redefinição de identidade e valores. O papel do professor é a escolarização dos alunos e a preparação para a vida social.
Professor acolhedor, auxiliador e desafiador!!




SEMANA 2 – Vídeo-aula 5: O papel do professor na mediação cultural




Nesta aula a professora Rosa Iavelberg  sobre a função social do professor na mediação cultural.
A cultura é acessível ao aluno não somente na arte, o professor precisa desconstruir a arte como conhecimento distante do cotidiano. Promover a consciência sobre o valor da arte na sociedade e na vida dos indivíduos.
 A arte brasileira deve estar no cotidiano e inserido no contexto do ensino na escola, conhecendo a produção sócio-histórica. Os temas transversais são temas bem relevantes  para utilizar as artes, mas não usá-las somente como fins para isso. A arte deve ser contemplada nas salas de aulas sempre com seu enfoque poético, possibilitando sim os conteúdos e também a história da arte contextualizada. O professor. Potencializar os alunos com suas produções e incentivos.
A visão de aprendizagem:
Arte como pessoal criativa e diferenciada contribuindo com a formação para identidade. Assim o registro pessoal do aluno pode ser divulgado em exposições, portfólios e até blogs. A arte deve ser contemplada na escola assim o professor precisa selecionar boas obras e vivenciar com práticas artísticas.

Vídeo-aula 6: O professor e a diversidade cultural na sala de aula



A professora Rosa Iavelberg discute a temática sobre a diversidade cultural na sala de aula.
A diversidade cultural é respeitar o direito dos povos de manifestar, documentar e preservar sua cultura. Ensinar a diversidade cultural engloba a promoção do respeito entre os povos. Conhecer a história e identificar que ela está em modificação e que são  manifestações em diferentes contextos as culturas dão significados as sociedades e culturas.
Estudar a história da arte é resgatar a cultura de um povo a identidade e aproximação das culturas. Respeito e tolerância das diversas culturas.



















SEMANA 3 -Vídeo-aula 9: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas


A professora Silvia Colello aborda a temática dos modelos de ensino e a função docente. O professor constantemente está preocupado com pedagógico, mas a prática pedagógica não alcança toda a fundamentação do projeto educativo. Muitas vezes o professor fica engessado no ativismo pedagógico e na rotina onde perde a referência da fundamentação do que se faz. A insegurança do professor em relação aos critérios, dificuldades para planejar e avaliar o ensino, falta de diretrizes de critérios. A prática pedagógica nunca é neutra e está sempre comprometida com alguns valores.
"A educação, quaqluer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática"(Paulo Freire).
Existem duas grandes formas de compreender o mundo:
Fixismo - modo de compreender o mundo rotulando como tudo igual. Ser humano assim é imutável, essencialismo, está numa situação inatista, já construído, ou então acreditar que o ser humano não é nada, empírico, como um papel em branco que precisa receber tudo externo para se constituir, ou seja, essência imutável.
Transformismo - o mundo está sempre mudando, há sempre transformações das coisas. O ser humano se constitui a partir das relações, relacionismo. Educação como construtivista ou sócio construtivista.
A professora apresenta os conceitos em slides de maneira sistematizada:
EMPIRISMO:
Representantes: Locke, Hume, Pavlov, Skinner, Mager.
Homem: Tábula rasa, ser passivo, governado pelo ambiente e modulado por estímulos externos.
Educação: Educação acontece de fora para dentro, escola agência sistematizadora de uma cultura pré-estabelecida.
Conhecimento: "pacote pronto" definido a priori
Professor: representante do saber e transmissor do conhecimento.
Prática Pedagógica: Ensino fragmentado sob a forma de dar e tomar o conteúdo.
INATISMO:
Representantes: Sócrates, Rousseau, Rogers, Neil.
Homem: A semente que traz em si o potencial de ser.
Educação: Revelação paralela ao desenvolvimento, respeitando a natureza do indíviduo.
Conhecimento: vinculado ao dom.
Professor: facilitador da aprendizagem.
Prática pedagógica: O aluno decide seu caminho, não diretiva.
CONSTRUTIVISMO:
Representantes: Piaget, Wallon, Vygotsky,Emília Ferreiro.
Homem: Ser inteligente, ativo no processo de aprendizagem.
Educação: Conjunto de intervenções significativas que possam incidir sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem pelo enfrentamento de situações problema e pela interação.
Conhecimento: Construção progressiva tanto interna com a relação a partir de experiências sociais.
Professor: Buscar sintonia entre os processos de ensino e aprendizagem; organizar o ensino.
Prática pedagógica: ampliação das possibilidades de mediação e de conhecimento, respeitando o tempo de aprendizagem, a diversidade  de conhecimentos e as heterogeneidade culturais.


Vídeo-aula 10: A relação entre professor e aluno

Aula do professor Gabriel Perissé, sobre a temática a relação entre professores e alunos. Utilizando como referência a obra de Alfonso López Quintás, pensador Espanhol com a abordagem em formação docente e ética.
Pedagogia do Encontro, produtiva ou catastrófica a relação entre alunos e professores na sala de aula.
* Experiências reversíveis ou bidirecionais, são duas realidades diferentes que se unem mesmo divergentes. Relação de ida e volta, união sem fusão, ou seja, preservam-se as individualidades, mas mantém-se a união. Experiência onde há preservação do individual, mas ambos unidos pelo mesmo propósito.

* Encontro, não somente uma mera aproximação física. López Quintás, diz que o encontro se realiza quando entramos em jogo com uma realidade que tem algum tipo de iniciativa, promovendo-se um enriquecimento mútuo.
Objeto nível 1 - algo descartável, somente para uso e manipulação. Quando há uma relação com este objeto ele passa para o nível 2 - realizar o encontro, em lugar do objeto encontramos um âmbito (são possibilidades de experiências entre o objeto e o individuo que produz valores).

Na sala de aula assim , a relação entre professor e alunos acontecem com os encontros, no âmbito não somente com objetos ou sendo manipulados, mas nas possibilidades de encontros de respeitos, interesses, valores e jogos onde as pessoas se propõem a conhecer.  Relação humana entre os indivíduos que estão dentro da sala de aula, sendo professor ou aluno.







SEMANA 4- Vídeo-aula 13: A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor

Nesta aula a professora Sivlia Collelo traz um assunto para reflexão sobre a não aprendizagem dos alunos, essa dificultosa situação que o professor vivencia, ou fracasso escolar.
As estatísticas no Brasil demonstram que as escolas estão aquém sobre o ensino e surge a grande questão o porquê isso acontece?!
Há explicações reducionistas, onde se busca culpados restringindo a problemática ao senso comum e não a complexidade que ela é. As dimensões do não aprendizado se dão por vários motivos e esferas.
Relação entre o mundo e aluno: Porque aprender?
Oposição existente entre os valores de uma sociedade capitalista e o conhecimento. Qual o valor do conhecimento, ele supera o adquirir dinheiro? O professor tem o desafio de resgatar a importância do valor do conhecimento.
Mundo e a escola: O mundo mudou, desenvolveu as tecnologias revolucionaram o mundo, mas a escola está parada no tempo. O mundo não valoriza a escola e a escola ficou fechada ao mundo se opondo a ele. A aprendizagem ficou fechada em si sem conseguir se aplicar a vida. Buscar a sintonia da vivência do mundo dos alunos com os saberes da escola.
A escola e o aluno - o ensino acontece de maneira desprazerosa, sem sentido e desmotivador. Falta de dialogia.
Desconsideração da diversidade cultural - A escola ainda igualiza os alunos, anulando praticamente toda a individualidade e cultura.
A Lógica do não aprender:
Acontece com múltiplas dimensões - Cultural - Sociais - Pedagógica - Política.
Também tem a situação que o professor tem que considerar que é o risco de aprender, ou seja, ele até aprende, mas não usa, não gosta, não lida com o saber de maneira crítica.
Para reflexão, segue o vídeo de Gabriel o Pensador - Estudo Errado.



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Vídeo-aula 14: Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente


Aula da professora Silvia Colello sobre o processo de aprendizagem. Mitos sobre a aprendizagem:
1. Aprendizagem é consequência do ensino.
2. Aprendizagem se faz em etapas que podem ser controladas pelo ensino linear, cumulativo, fragmentado e inflexível.
3. Aprender é diferente de usar o conhecimento.
Como se dá a construção do conhecimento?
Estudos sócio interacionista acreditam que a aprendizagem ocorre no contexto sociocultural. Aprendizagem escolar independente do contexto cultural e social não existe.
Instâncias na construção do conhecimento:
Sujeito está sempre em relação com outro, num contexto sóciocultural. Além desse universo há a ciência que muitas vezes está distante do cotidiano. A escola, porém atravessa estas esferas, passa pelo universo sociocultural e interpessoais e chega mais próximo do saber formalizado e científico.
Isso ocorre pela dimensão cognitiva - Saber fazer.
Dimensão Afetiva - Querer saber.
Dimensão Funcional - Poder fazer.
Interação, Mediação e a Linguagem são os mecanismos utilizados para socializar estes conhecimentos.
Como o aluno aprende?
O homem busca o conhecimento e busca aprender em sua essência, o ser humano tem uma curiosidade natural. Construção pessoal a partir das experiências vividas sob a forma de um processo complexo e multifacetado.
Construção da aprendizagem: Como uma estrutura cognitiva onde as informações são assimiladas, chegam ao sujeito, porém nem sempre elas são absorvidas ou mesmo o sujeito está preparado para assimilar tais informações.
Construção do conhecimento: Implicação para o ensino

A aprendizagem é uma engrenagem que contempla três aspectos: Aprender/ Tornar-se usuário desse conhecimento no contexto da vida/ Conquistar o status de cidadão crítico e socialmente participantes.




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SEMANA 5 -Vídeo-aula 17: O professor e a cidade educadora



Aula da professora Rosa Iavelberg sobre a cidade educadora como formadora de conceitos. O espaço da cidade traduz em paisagem que trazem informações importantes para conhecimento de mundo. As obras que estão espalhadas pelas cidades podem ser estudadas e contempladas num contexto histórico. Os estudos podem ser conhecidos para contemplação, adquirir conceitos de uma cultura já existente. Traçado urbano tem história e fundamento e o aluno precisa estar contextualizado da cidade. 

Vídeo-aula 18: A escola e as instituições culturais


Nesta aula a professora Rosa Iavelberg sobre a relação entre a escola e as instituições culturais. As instituições culturais reúnem objetos de arte interessantes às aprendizagens escolares. Museus e casas de cultura podem ser visitados física e virtualmente. 
A arte expressam vários conhecimentos e podem ser utilizados na interdisciplinaridade. Cultura brasileira é importante que esteja no currículo escolar para formação do cidadão e geração de consciência de preservação e conhecimento de cultura. 
Grafite também é uma arte que alcança os alunos e contribuem para todas as áreas do conhecimento escolar. 


SEMANA 6 - Vídeo-aula 21: A complexidade da constituição docente

A professora Silvia Colello discute nesta aula sobre a complexidade da constituição docente. Profissão docente: Instruir e Educar, Mediador da cultura e lidar com a diversidade, consciência pedagógica e diretrizes clara didática. Aprendizagem e não aprendizagem. Relação professor aluno. Superação do muro da escola e ir além da cidade. Essa complexidade traz o questionamento sobre o desafio de ser professor.
Profissão do professor faz adoecer e castiga.
Até a década de 70:
Fracasso Escolar era culpa do aluno. Investir nas competências do professor para reverter condições dos estudantes.
Anos 80:
A escola como produtora do fracasso escolar. Muda a compreensão do problema. Muda a compreensão do papel do professor mas ainda permanece a lógica que compete ao professor solucionar o problema. Atualmente a constituição do professor é vista de maneira mais complexa.
Fatores Extrínsecos - Formação inicial e continuada.
Fatores Intrínsecos - profissionalidade - tornar-se professor.
Visão de mundo - Conhecimentos pedagógicos x de conhecimento.
Concepções de aluno, aprendizagem, professor.
Perspectivas do trabalho docente:
Disponibilidade pessoal para renovar o trabalho. A luta pela valorização do ensino e a constituição de um trabalho coletivo.
Carreira docente que se esgota ao longo da trajetória profissional. Carreira comprometida porque já nasceu na periferia do sonho.

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Vídeo-aula 22: O professor leitor



O professor Gabriel Perissé aborda nesta aula sobre o tema da literatura e a profissão docente. Sob a ótica de três dimensões; Leitura, Pensamento e Reflexão e a autonomia.
A leitura é um aprendizado à distância uma forma de aproximação com diversas realidades. Leitura é um aprendizado à distância. "Ler o mundo", olhar para o mundo e fazer uma leitura dele.
Leitura não é simplesmente decifrar símbolos grafados no papel, mas abrir-se para a realidade.
"Eu leio um livro para ver ser me livro". (Adélia Prado).
A realidade do Brasil sobre a leitura:
- O brasileiro lê, em média, 4,7 livro por ano.
- O Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes.
- Quase 70% das escolas públicas nem sequer têm uma biblioteca.
Pesquisa Maria Helena Martins aponta que há poucas referências a professores que demonstrem uma ligação especial com livros e leituras.
Não basta entender o texto ou ser alfabetizado, formação literária do professor.






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SEMANA 7 - Vídeo-aula 25: Professor pensador


Aula professor Gabriel Perissé sobre o pensamento, professor pensador.
O exercício da curiosidade da reflexão e do diálogo com o extramental nos leva ao momento das decisões. A indiferença e a falta de curiosidade demonstra um indivíduo distante do conhecimento.
Quanto mais assimilamos as coisas mais parecidos com elas nos tornamos.
A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo. E nos fazer criar um sistema pessoal de convicções.
"É o choque do imprevisto que nos obriga a pensar, que nos comove inteiramente, que nos deixa perplexos, que nos leva a problematizarmo-nos, a pensar o que até agora não podíamos pensar." (Walter Koan. Infância Entre Educação e Filosofia. Belo Horizonte: Autêntica, 2003)




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Vídeo-aula 26: Professor autor



Professor Gabriel Perissé finaliza sobre as três dimensões da formação docente, o professor autor. A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo. E nos fazer criar um sistema pessoal de convicções.
“O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que ministra”. "Tal elaboração será uma síntese barata, se for reprodutiva, mas será criativa, se acolher tonalidade própria reconstrutiva." (Pedro Demo. 2004).

Ler, pensar, escrever e ser autor coincide com nossa própria existência!




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