Convivência Democrática - Módulo III (2013)

SEMANA 1: Vídeo-aula 3: A globalização e o impacto sobre as culturas


 O professor Mário Nunes discute a temática da globalização e o impacto sobre as culturas.
As condições do mundo globalizado onde a tecnologia rompeu a barreira do tempo e espaço, unindo povos, acesso fácil e rápido e comunicação entre culturas. O mundo está mais interconectado. A globalização é uma imensa teia, processo que tem qualquer  pessoa em qualquer parte do planeta, que une o mundo, mas traz suas consequências capitalistas e desiguais.
Globalização, um impacto avassalador dos processos econômicos globais/Ascensão do neoliberalismo/surgimento de novas formas culturais.
A globalização está presente na modernidade e atinge todo e qualquer sujeito no mundo e traz suas consequências.


A homogeneização cultural devido ao acesso em massa e rápida do mercado de venda, a comida étnica, as roupas, carros, etc.

Outro cultural trazendo repulsa aqueles que não aderem a cultura.



















Vídeo-aula 4: Os estudos culturais e a convivência democrática

Os estudos culturais têm proporcionado grandes contribuições para o campo escolar na formação de sujeitos na sociedade.

Campos de estudos culturais como condições de emergência: Fim do Imperialismo Britânico e trouxe novas posições. Reorganização na expansão do capitalismo.

Surgem as questões de como e porque estudar culturas?

Campo de pesquisa, situar os objetos de análise, projeto político e todo o contexto.

Os estudos culturais caracterizam por 3 dimensões: Projeto político/ Inserção pós moderna/interdisciplinar.

Os estudos culturais como projeto político tomam partido dos grupos desprivilegiados, contribuem para uma cultura pública e democrática e reconhecimento  das diferenças culturais e a distribuição de renda.

Cultura:

* movimento antropológico

* contra movimento

* formação Social.

Cultura é o território contestado, disputado.
São relações sociais e praticadas.
Os estudos culturais contribuem para entender que a produção de conhecimento não é fruto natural da história ou embates acadêmicos, mas para discussão de todas as diversidades ao nosso redor e inclusão delas.

SEMANA 2 - Vídeo-aula 7: Identidade e diferença na perspectiva dos Estudos Culturais


"Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza. As pessoas querem ser iguais, mas querem respeitadas suas diferenças." (Boaventura de Souza Santos.)



O professor Mario Nunes discute sobre a identidade e diferença.

A cultura regula normativamente as ações e esta está recebendo influências da globalização. A teorização cultural diferencia três conceitos de identidade;

Iluminismo - Ideia que o sujeito se desenvolve pouco ao longo da vida, define-se que o sujeito tem um núcleo e as ações externas pouco influenciam sobre ele."Nasceu assim".
Sociológica - Também apresenta um núcleo interior, mas este tem a influência externa durante as interações. A cultura que influência e determina, local de moradia, faixa etária, etc.
Sujeito pós moderno - Atual condições da sociedade que vivemos, condições que  criam novas possibilidades que vivemos, valores novos e que modificam constantemente. Não há um valor soberano. Multiplicidade de identidade não se organiza como um eu soberano e único. Sujeito é composto por diversas identidades, seja de gênero, nacionalidade, origem étnica, religião, etc. e estas transforma-se constantemente.
Produção da diferença e não na normatização de um único sujeito.
IDENTIDADE -  Norma , o idêntico, o correto
DIFERENÇA -  O outro.
A escola acaba marcando os alunos por normas, classificação e identidades fixas.
Pertencimento histórico como referência da identidade, aspectos da história, dos tempos em que eram jovens, aos fatos, bairros e comunidades.
Sentido de tradição vincula o aspecto de ter uma raiz e associar que é naturalizado. O sujeito é um produção cultural e social, envolve outros discursos sobre a identidade e diferença.



Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim, e de medo de não agüentar, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças mortas.
Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano.
O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.
O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais, de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em: "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?"
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham.
É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam; espera de onde já não vem; sonha entre realistas; concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados; cria onde o hábito rotiniza; sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Ele aprendeu a superar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.
 Vídeo-aula 8: A característica multicultural da sociedade contemporânea e suas consequências para a convivência democrática.
Aula do professor Marcos G. Neira sobre a convivência democrática e sociedade contemporânea. A chegada do século XXI, terceiro milênio, trouxe um novo cenário de vivências, moradias, meios de transportes, consumismo.  Há uma reorganização da geografia, mudança de pólo econômico.
 Conceito de  Comunidades Imaginárias (Anderson, 1993) são os sentimentos de pertencimentos aos grupos e temos marcas desses grupos, como se tornassem sólidas as convivências comuns. As experiências  dá a sensação que são existentes e cria-se estas comunidades imaginárias. 
Disseminação de "textos" culturais, vão causando interferência no sujeito, influências de livros, textos, mídias, imagens. São as influências e as interações da globalização, cultura e sujeitos. São as políticas de identidade, que tentam determinar quem você deve ser como é correto ser.
As identidades são as posições e formas que são "corretas de ser" e as diferenças são as "incorretas". As práticas sociais e os grupos começam a assumir identidades comuns e apropriar-se do que é correto segundo seus grupos.
Reivindicação da diversidade, pois temos direitos iguais, mas as diferenças precisam ser respeitadas. O Outro não pode ser excluído por ser diferente.
Reconhecimento da diferença que traz a base da convivência democrática e a tolerância do diferente. Nisso há a inclusão das políticas do multiculturalismo que inclui aqueles que não tinham acesso às culturas que eram entre os iguais.



SEMANA 3 - Vídeo-aula 11: Políticas culturais, multiculturalismo e currículo


Aula do professor Marcos G. Neira abordando as políticas culturais, multiculturalismo e currículo.
Ana Pereira, pesquisadora, refere-se as políticas culturais segregacionistas, posicionando as pessoas segundo suas características em determinados locais. Incluindo e excluindo as pessoas.
Políticas Culturais Assimilacionistas - A forma de ser, determinar e agir são de determinados grupos são as que são corretas, os demais são os errados.
Políticas Culturais Integracionistas enxergam as diferenças preservam os significados de cada um e as integram.
Os multiculturalismos conservador ou monocultural abrangem a cultura que representa determinado indivíduo, ou seja, há uma monocultura e um distanciamento da cultura diferente.
Liberal, considera as diversas culturas e sobrevive e permanecem aqueles que vencem nos conflitos de culturas. Todos têm seus espaços, mas vence o que tem mais poder.
O pluralista considera as diversidades e a democracia e tenta-se criar espaços para as  diferenças de identidades mas estas não são discutidas e incluídas.
Essencialista de esquerda, condição essencial onde posiciona as pessoas como se elas fossem estáticas e o grupo participante de apenas uma posição.
Crítico há o encontro entre os grupos, às divergências e discussões sobre os pares, diferenças e produtos culturais.
O currículo assim dentro das políticas culturais e multiculturalismo é atribuído nas ações políticas, pensada sobre as diversidades culturais.

Vídeo-aula 12: Multiculturalismo: encaminhamentos pedagógicos


Aula do professor Marcus G. Neira, sobre os encaminhamentos pedagógicos sob aspecto do multiculturalismo.
Currículo multiculturalmente democrático:  Todas as ações são embasadas na democracia e à criticidade. Promove o entrecruzamento de culturas, ou seja, discute todas as possibilidades no enfoque da problemática. Valoriza a diversidade de textos, informações do mesmo assunto.
Resistência à reprodução da ideologia dominante, assim abrindo espaço para as possibilidades de outras culturas.
Questiona dessa forma, as relações de poder. Assim, valoriza a diferença!
As práticas pedagógicas com enfoque no multiculturalismo haverá diversidade e há a discussão sobre o mesmo assunto.
Hibridização discursiva, não há prioridade de cultura, mas discussão sobre a mesma, valorizando o repertório diferenciado. A pedagogia do dissenso permite o acesso as diferenças e a metodologia dialética. Abordagem etnográfica permite a extensão do conhecimento e também a reflexão dos padrões utilizados. O registro traz a percepção do caminho que se está percorrendo e traz elementos para avaliar o processo e revisá-lo.



SEMANA 4 - Vídeo-aula 15: Produção da identidade/diferença: culturas juvenis e tecnocultura


Professora Mônica aborda o assunto sobre a tecnocultura e a produção culturais juvenis e urbana.
Ser jovem é um fenômeno cultural ou natural?
Como elemento cultural tem a variação conforme a história e discursos.
Os primeiros dados sobre a juventude sedá na elite na Grécia Antiga e se chegava até os 40 anos de idade. No século XVII diminui-se a taxa da mortalidade e começa-se a distinguir e isolar as práticas das crianças das dos adultos.
Após a revolução industrial há uma necessidade maior de aprendizado, para formação, assim se estende o tempo ócio.
Embora se condicione a mídia a influência negativa para a juventude, a escola pode ampliar o diálogo utilizando este mecanismo que as vezes padroniza o significado de ser jovem.
A juventude, é um elemento cultural que se modifica conforme os tempos histórico e social, sendo uma conquista social. A juventude tem o seu tempo ócio para estudos, o que antes era somente para a elite.
A tecnocultura está envolvida com a cultura jovem urbana atual. Não é a tecnologia digital que faz a diferença, mas a vivência de uma vida social através da internet como se fosse uma parte do corpo, faz parte da identidade.
Os cyborgs, convivem com a desnaturalização do corpo, do tempo e do espaço. Porém são jovens mais inseguros. A escola, neste caso, seria um local mais apropriado para discussão e conseguir um diálogo com este grupo e outros. Assim, usufruir também as práticas tecnológicas na escola da mesma forma que os jovens urbanos utilizam hoje!
Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e engajados consiga mudar o mundo.
Na verdade, essa é a única via que conseguiu produzir mudanças até agora.
Margaret Mead


Vídeo-aula 16: Encaminhamentos pedagógicos: blog no ensino de ciência






Nesta aula a professora Mônica Fogaça discute o assunto de encaminhamentos pedagógicos e o papel da tecnocultura na formação da identidade.
A tecnocultura, a internet é um ambiente prioritário para a juventude urbana de hoje, onde convivem e expressam seus sentimentos. Assim, a aula demonstra uma experiência com a tecnologia da internet.
A escolha da web 2.0 surge em meados da década de 90 e uma ferramenta para produção atualmente. São ferramentas de mídia sociais para produções online (blog, wiki, rede sociais, podcast, videocast, RSS). Essas ferramentas são síncronas desenvolve interação, monta comunidade e entrosamento. A assíncrona, há uma maior reflexão, crítica onde o leitor e autor não estão ao mesmo tempo sincronizados. Através dos recursos da mídia, fora trabalhado na sala as ferramentas de maneira concreta, trazendo os layouts e formando temáticas para montar os conteúdos. Assim, fora montado um blog. Esse recurso demonstra um exemplo para se trabalhar com as tecnologias juntamente com os jovens.

SEMANA 5 - Vídeo-aula 19: Relações etnicorraciais na escola



O vídeo sobre Relações etnicorraciais o professor Cesar Rodrigues fala sobre o conceito de raça segundo Munanga (2004).
Sorte, categoria, espécie. Utilizado na zoologia e na botânica e depois utilizada em genética humana. Houve uma hierarquização - escala de valores - predominando a raça branca sobre as outras, escala de valores.
 A raça no Brasil é um termo complicado porque cada região interpreta com uma conotação diferenciada.
O racismo clássico utiliza a raça como fundamentação biológica que determina o que é pessoa. O racismo novo utiliza a noção de etnia, grupo cultural e categoria.
Substituir raça por etnia é apenas um jogo de palavra somente para mascarar os preconceitos, sendo que as desigualdades continuam prevalecendo sobre aqueles que a sofrem.
"Um país de mestiços" é uma frase bem duvidosa porque esconde as grandes diferenças das populações e se firma um mito da democracia racial.

Vídeo-aula 20: Diferentes possibilidades culturais no currículo escolar














As diferentes possibilidades culturais no currículo escolar com o professor Cesar Rodrigues.
Os lugares que produzem as identidades e diferenças:
No contexto parental;
Comunidade local;
Escola;
Mídia de maneira geral e na televisão de maneira específica que a identidade racial e preconceito se distinguem.
As identidades e diferenças na escola acontecem em todo ambiente, mas nas relações cotidianas e dentro da sala de aula elas se destacam.
As identidades de referências (branca) começam a se destacar e colocada como prioritária e assim passam a se perpetuar e a minoria recebe isso como dito "normal", costumeiro.
Porém o espaço precisa ser aberto às culturas invisibilizadas pelos currículos escolar. A cultura da população negra e a desigualdade precisam ser legitimadas e reconhecidas pela escola e ter seu espaço reconhecido.
Haver um mapeamento cultural do local em que a escola se situa para contribuir com o currículo escolar e também desenvolver possíveis elementos culturais para a escola.
Utilizar somente das datas comemorativas não contribui para a discussão efetiva da abordagem sobre as culturas diversificadas.




SEMANA 6: Vídeo-aula 23: Relações sociais de gênero: um direito e uma categoria de análise




A professora Claudia Viana nesta aula discute a temática de relações sociais em gênero. Abordar sobre gênero refere-se a uma discussão sobre cidadania e vem da luta sobre os direitos das mulheres. Esta luta remete a história e construção dos direitos e espaço social que as mulheres buscam na sociedade.
O conceito ou categoria de análise o gênero está ligado a desigualdade e aos conflitos, desde a inclusão de classe e acesso a informação. As identidades feministas são conquistas criadas na história e vem conquistada no coletivo.
O primeiro movimento feminista (onda feminismo) século XIX, reivindicação ao direito ao voto. Segundo movimento, a principal luta foi o aprofundamento das conquistas sociais e políticas sob a estrutura patriarcal onde somente os homens dominavam e lideram as famílias.
Há também as lutas acerca das relações sexuais e questões de gêneros, definições sociais e escolhas por opção sexual.
Há avanços, como variedades de estruturas familiares e domésticas. Incorporação das mulheres no mercado de trabalho remunerado fora do lar. Estruturação global do movimento feminista e questionamento da heterossexualidade compulsória. Porém a professora enfatiza também que há as permanências como segmentação do mercado de trabalho, transposição do patriarcado para a fábrica, socialização de gênero e heterossexualidade como padrão.
Gênero é a organização de uma sociedade sobre a diferença sexual, como são concebidas as organizações sociais, construções da realidade e não somente na biologia.
Questionar as considerações sobre o que é natural e o que é construído na sociedade e que já estão embutida e enraizada causando resistências as mudanças.

Vídeo-aula 24: Gênero e diversidade sexual: desafios para a prática docente



Como continuidade sobre gênero e diversidade sexual a professora Claudia Viana aborda está temática nas práticas escolares.
Faz parte dos Direitos Humanos a discussão sobre gênero e diversidade sexual, isso se modifica em cada organização social e leis. A organização social contribui para identificar e regular as identidades de gênero e sexual.
O gênero está ligado a sexualidade e são socialmente construídos. Atualmente há muitas discussões voltadas a temáticas principalmente com urgência no âmbito educacional.
A partir dos anos 90 surgem as discussões sobre a questão de gênero e defesa nos Direitos Humanos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais Ótica de Gênero, traz como forma de temas transversais as referências para construção de currículos sobre o tema de orientação sexual e gênero desde a educação infantil até a básica. .Os Parâmetros Curriculares abordam diretrizes que discutem questões sobre o gênero, corpo e doenças sexualmente transmissíveis.
Porém ainda há muitas divergências quanto este assunto, pois tais questões ainda são dificultosas para se trabalhar na sala de aula.
Romper com as ações preconceituosas nas escolas em relação com a diversidade sexual ainda é um desafio muito grande, pois envolve toda a comunidade, alunos e funcionários.
Tirar as vendas dos olhos para enxergar as diferenças e sair da naturalização e da reprodução de estereótipos de gênero.

SEMANA 7:   Vídeo-aula 27: A produção da identidade/diferença - a questão religiosa




Nesta aula sobre a produção da identidade/diferença e a questão religiosa a professora Roseli Fischmann conversa sobre o assunto.

A pluralidade e singularidade estão associadas a cada ser humano como diferença, mas estão ligado a uma pluralidade de fatores, como comunidade, preferências e a sociedade.
A professora comenta que "são múltiplos e diversos fatores, entrelaçados como memória e projeto, compondo a identidade" (Alfred Schutz, Gilberto Velho).
A nossa memória lança nosso futuro, somos o hoje através da construção e estrutura dessa memória e isso compõe a identidade do individuo. Há um lugar da religião na construção da identidade, sendo por eleição ou herança. Com o decorrer do tempo foram mudando a visão geral sobre religiosidade e suas crenças.
Há herança vem da influência da família como costumes de crenças e religiosidade, mas chega a um determinado tempo que há eleição, ou seja, o individuo escolhe naquilo que crê. Não há como pensar sobre religião sem outrora pensar em ética, porque a discussão envolve respeito e estabelecimento das diferenças nas relações.
A diversidade religiosa acontece no mundo, ms ela não acontece com desigualdade religiosa, ou seja, diferenças existem, mas não podem ser desiguais.
A religião está ligada a política, por ser questão social, embora o Estado seja Laico há a igualdade em direitos e exercício da cidadania. O Estado Laico vem para separar a religião do governo atribuindo identidade própria e funcionamento independente da religião, isso está estabelecido na Constituição Federal de 1988.
A discriminação por motivos religiosos fere a ética e fere a constituição no Brasil, podendo ser considerado por crime de ódio.


Vídeo-aula 28: Encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa


A professora Roseli Fischmann dar continuidade sobre a temática religiosa e convivência democrática sobre os encaminhamentos pedagógicos na escola pública neste assunto.
O ensino religioso segundo a Constituição de 1988 aparece no Artigo 210, lembrando que o a Constituição aborda a liberdade de religião em seu artigo 5º e também no artigo 19º determina a separação entre Estado e as religiões. Por isso, torna-se complexo o artigo 210:

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

O EREP (Ensino Religioso Escola Pública) na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9394/1997. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis.
Porém com as mudanças e submetido a emenda da Lei n° 9.475 de julho de 1997, modifica-se por acordos e lideranças e diz que o ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão. Este termo ficou bem complexo devido a liberdade de escolha, respeito e igualdade e ainda vem sendo discutido na constituição brasileira para que não seja ferido nenhuma diferença social.
A postura do professor e do diretor frente a este assunto reflete sobre o uso apropriado do espaço público, sendo que cada indivíduo deve respeitar este espaço e não minimizar os demais deixando apenas suas escolhas religiosas. Existem muitos preconceitos sobre religiosidade nas escolas, e que as crianças possam ter liberdade de compartilhar e narrar suas escolhas religiosas.
Demonstração dos fatos históricos que massacraram e perseguiram em nome de religião deve ser abordado para haver conscientização e tolerância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário