O professor Mário Nunes discute a temática da globalização e o impacto sobre as culturas.
As condições do mundo globalizado onde a tecnologia rompeu a barreira do tempo e espaço, unindo povos, acesso fácil e rápido e comunicação entre culturas. O mundo está mais interconectado. A globalização é uma imensa teia, processo que tem qualquer pessoa em qualquer parte do planeta, que une o mundo, mas traz suas consequências capitalistas e desiguais.
Globalização, um impacto avassalador dos processos econômicos globais/Ascensão do neoliberalismo/surgimento de novas formas culturais.
A globalização está presente na modernidade e atinge todo e qualquer sujeito no mundo e traz suas consequências.
A homogeneização cultural devido ao acesso em massa e rápida do mercado de venda, a comida étnica, as roupas, carros, etc.
Outro cultural trazendo repulsa aqueles que não aderem a cultura.
Vídeo-aula 4: Os estudos culturais e a convivência democrática
Os estudos culturais têm proporcionado grandes contribuições para o campo escolar na formação de sujeitos na sociedade.
Campos
de estudos culturais como condições de emergência: Fim do Imperialismo
Britânico e trouxe novas posições. Reorganização na expansão do capitalismo.
Surgem
as questões de como e porque estudar culturas?
Campo
de pesquisa, situar os objetos de análise, projeto político e todo o contexto.
Os
estudos culturais caracterizam por 3 dimensões: Projeto político/ Inserção pós
moderna/interdisciplinar.
Os
estudos culturais como projeto político tomam partido dos grupos
desprivilegiados, contribuem para uma cultura pública e democrática e
reconhecimento das diferenças culturais
e a distribuição de renda.
Cultura:
*
movimento antropológico
*
contra movimento
*
formação Social.
Cultura
é o território contestado, disputado.
São
relações sociais e praticadas.
Os
estudos culturais contribuem para entender que a produção de conhecimento não é
fruto natural da história ou embates acadêmicos, mas para discussão de todas as
diversidades ao nosso redor e inclusão delas.
SEMANA 2 - Vídeo-aula 7:
Identidade e diferença na perspectiva dos Estudos Culturais
"Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza. As pessoas querem ser iguais, mas querem respeitadas suas diferenças." (Boaventura de Souza Santos.)
O professor Mario Nunes discute sobre a identidade e diferença.
A cultura regula normativamente as ações e esta está recebendo
influências da globalização. A teorização cultural diferencia três conceitos de
identidade;
Iluminismo - Ideia que o sujeito se desenvolve pouco ao longo da
vida, define-se que o sujeito tem um núcleo e as ações externas pouco
influenciam sobre ele."Nasceu assim".
Sociológica - Também apresenta um núcleo interior, mas este tem
a influência externa durante as interações. A cultura que influência e
determina, local de moradia, faixa etária, etc.
Sujeito pós moderno - Atual condições da sociedade que vivemos,
condições que criam novas possibilidades
que vivemos, valores novos e que modificam constantemente. Não há um valor
soberano. Multiplicidade de identidade não se organiza como um eu soberano e
único. Sujeito é composto por diversas identidades, seja de gênero,
nacionalidade, origem étnica, religião, etc. e estas transforma-se
constantemente.
Produção da diferença e não na normatização de um único sujeito.
IDENTIDADE - Norma , o
idêntico, o correto
DIFERENÇA - O outro.
A escola acaba marcando os alunos por normas, classificação e
identidades fixas.
Pertencimento histórico como referência da identidade, aspectos
da história, dos tempos em que eram jovens, aos fatos, bairros e comunidades.
Sentido de tradição vincula o aspecto de ter uma raiz e associar
que é naturalizado. O sujeito é um produção cultural e social, envolve outros
discursos sobre a identidade e diferença.
Diferente
não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca
um ser diferente.
Diferente
é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar
errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim, e de medo de não
agüentar, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da
perfeição.
O
diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis
e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são
rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças mortas.
Um
diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um
diferente que não vingou.
Os
diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os
diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro.
Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o diferente se
mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
O
diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo,
ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do
irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano.
O
verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.
O
diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais, de mãos dadas,
e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é
peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada
em: "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um
estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?"
O
diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando.
Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam)
nos seus grandes modificadores.
Diferente
é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais
começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno
agridem e gargalham.
É o que
engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram.
Quer onde outros cansam; espera de onde já não vem; sonha entre realistas;
concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados; cria onde o
hábito rotiniza; sofre onde os outros ganham.
Diferente
é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe.
Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz
sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela
harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol,
porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Ele
aprendeu a superar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de
que a média é má porque é igual.
Os
diferentes aí estão: doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser,
sendo muito mais.
A alma
dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes
que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas
estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não
mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte
para suportá-lo depois.
Conceito de Comunidades Imaginárias (Anderson, 1993) são
os sentimentos de pertencimentos aos grupos e temos marcas desses grupos, como
se tornassem sólidas as convivências comuns. As experiências dá a sensação que são existentes e cria-se
estas comunidades imaginárias.
Disseminação de "textos" culturais, vão causando
interferência no sujeito, influências de livros, textos, mídias, imagens. São
as influências e as interações da globalização, cultura e sujeitos. São as
políticas de identidade, que tentam determinar quem você deve ser como é
correto ser.
As identidades são as posições e formas que são "corretas
de ser" e as diferenças são as "incorretas". As práticas sociais
e os grupos começam a assumir identidades comuns e apropriar-se do que é
correto segundo seus grupos.
Reivindicação da diversidade, pois temos direitos iguais, mas as
diferenças precisam ser respeitadas. O Outro não pode ser excluído por ser
diferente.
Reconhecimento da diferença que traz a base da convivência
democrática e a tolerância do diferente. Nisso há a inclusão das políticas do
multiculturalismo que inclui aqueles que não tinham acesso às culturas que eram
entre os iguais.
SEMANA 3 - Vídeo-aula
11: Políticas culturais, multiculturalismo e currículo
Aula do professor Marcos G. Neira
abordando as políticas culturais, multiculturalismo e currículo.
Ana Pereira, pesquisadora,
refere-se as políticas culturais segregacionistas, posicionando as pessoas
segundo suas características em determinados locais. Incluindo e excluindo as
pessoas.
Políticas Culturais Assimilacionistas - A forma
de ser, determinar e agir são de determinados grupos são as que são corretas,
os demais são os errados.
Políticas Culturais Integracionistas enxergam
as diferenças preservam os significados de cada um e as integram.
Os multiculturalismos conservador ou monocultural abrangem a
cultura que representa determinado indivíduo, ou seja, há uma monocultura e um
distanciamento da cultura diferente.
Liberal, considera as diversas culturas e sobrevive e
permanecem aqueles que vencem nos conflitos de culturas. Todos têm seus espaços,
mas vence o que tem mais poder.
O pluralista considera as diversidades e a democracia e
tenta-se criar espaços para as
diferenças de identidades mas estas não são discutidas e incluídas.
Essencialista de esquerda, condição essencial onde
posiciona as pessoas como se elas fossem estáticas e o grupo participante de
apenas uma posição.
Crítico há o encontro entre os grupos, às
divergências e discussões sobre os pares, diferenças e produtos culturais.
O currículo assim dentro das
políticas culturais e multiculturalismo é atribuído nas ações políticas,
pensada sobre as diversidades culturais.
Vídeo-aula 12: Multiculturalismo: encaminhamentos pedagógicos
Aula do professor Marcus G. Neira, sobre os encaminhamentos
pedagógicos sob aspecto do multiculturalismo.
Currículo multiculturalmente democrático: Todas as ações são embasadas na democracia e
à criticidade. Promove o entrecruzamento de culturas, ou seja, discute todas as
possibilidades no enfoque da problemática. Valoriza a diversidade de textos,
informações do mesmo assunto.
Resistência à reprodução da ideologia dominante, assim abrindo
espaço para as possibilidades de outras culturas.
Questiona dessa forma, as relações de poder. Assim, valoriza a
diferença!
As práticas pedagógicas com enfoque no multiculturalismo haverá
diversidade e há a discussão sobre o mesmo assunto.
Hibridização discursiva, não há prioridade de cultura, mas
discussão sobre a mesma, valorizando o repertório diferenciado. A pedagogia do
dissenso permite o acesso as diferenças e a metodologia dialética. Abordagem
etnográfica permite a extensão do conhecimento e também a reflexão dos padrões
utilizados. O registro traz a percepção do caminho que se está percorrendo e
traz elementos para avaliar o processo e revisá-lo.
SEMANA 4 - Vídeo-aula 15: Produção da identidade/diferença: culturas juvenis e tecnocultura
Professora Mônica aborda o assunto sobre a tecnocultura e a
produção culturais juvenis e urbana.
Ser jovem é um fenômeno cultural ou natural?
Como elemento cultural tem a variação conforme a história e
discursos.
Os primeiros dados sobre a juventude sedá na elite na Grécia
Antiga e se chegava até os 40 anos de idade. No século XVII diminui-se a taxa
da mortalidade e começa-se a distinguir e isolar as práticas das crianças das
dos adultos.
Após a revolução industrial há uma necessidade maior de
aprendizado, para formação, assim se estende o tempo ócio.
Embora se condicione a mídia a influência negativa para a
juventude, a escola pode ampliar o diálogo utilizando este mecanismo que as
vezes padroniza o significado de ser jovem.
A juventude, é um elemento cultural que se modifica conforme os
tempos histórico e social, sendo uma conquista social. A juventude tem o seu
tempo ócio para estudos, o que antes era somente para a elite.
A tecnocultura está envolvida com a cultura jovem urbana atual.
Não é a tecnologia digital que faz a diferença, mas a vivência de uma vida
social através da internet como se fosse uma parte do corpo, faz parte da
identidade.
Os cyborgs, convivem com a desnaturalização do corpo, do tempo e
do espaço. Porém são jovens mais inseguros. A escola, neste caso, seria um
local mais apropriado para discussão e conseguir um diálogo com este grupo e
outros. Assim, usufruir também as práticas tecnológicas na escola da mesma
forma que os jovens urbanos utilizam hoje!
Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e engajados consiga mudar o mundo.
Na verdade, essa é a única via que conseguiu produzir mudanças até agora.
Margaret MeadNa verdade, essa é a única via que conseguiu produzir mudanças até agora.
Vídeo-aula 16: Encaminhamentos pedagógicos: blog no ensino de ciência
Nesta aula a professora Mônica Fogaça discute o assunto de
encaminhamentos pedagógicos e o papel da tecnocultura na formação da
identidade.
A tecnocultura, a internet é um ambiente prioritário para a
juventude urbana de hoje, onde convivem e expressam seus sentimentos. Assim, a
aula demonstra uma experiência com a tecnologia da internet.
A escolha da web 2.0 surge em meados da década de 90 e uma
ferramenta para produção atualmente. São ferramentas de mídia sociais para
produções online (blog, wiki, rede sociais, podcast, videocast, RSS). Essas
ferramentas são síncronas desenvolve interação, monta comunidade e
entrosamento. A assíncrona, há uma maior reflexão, crítica onde o leitor e
autor não estão ao mesmo tempo sincronizados. Através dos recursos da mídia,
fora trabalhado na sala as ferramentas de maneira concreta, trazendo os layouts
e formando temáticas para montar os conteúdos. Assim, fora montado um blog.
Esse recurso demonstra um exemplo para se trabalhar com as tecnologias
juntamente com os jovens.
SEMANA 5 - Vídeo-aula 19: Relações etnicorraciais na escola
O vídeo sobre Relações
etnicorraciais o professor Cesar Rodrigues fala sobre o conceito de raça
segundo Munanga (2004).
Sorte, categoria, espécie. Utilizado
na zoologia e na botânica e depois utilizada em genética humana. Houve uma
hierarquização - escala de valores - predominando a raça branca sobre as
outras, escala de valores.
A raça no Brasil é um termo complicado porque cada
região interpreta com uma conotação diferenciada.
O racismo clássico utiliza a raça
como fundamentação biológica que determina o que é pessoa. O racismo novo utiliza
a noção de etnia, grupo cultural e categoria.
Substituir raça por etnia é apenas
um jogo de palavra somente para mascarar os preconceitos, sendo que as
desigualdades continuam prevalecendo sobre aqueles que a sofrem.
"Um país de mestiços" é
uma frase bem duvidosa porque esconde as grandes diferenças das populações e se
firma um mito da democracia racial.
Vídeo-aula 20: Diferentes possibilidades
culturais no currículo escolar
As diferentes possibilidades culturais no currículo escolar com o professor Cesar Rodrigues.
Os lugares que produzem as
identidades e diferenças:
No contexto parental;
Comunidade local;
Escola;
Mídia de maneira geral e na
televisão de maneira específica que a identidade racial e preconceito se
distinguem.
As identidades e diferenças na
escola acontecem em todo ambiente, mas nas relações cotidianas e dentro da sala
de aula elas se destacam.
As identidades de referências
(branca) começam a se destacar e colocada como prioritária e assim passam a se
perpetuar e a minoria recebe isso como dito "normal", costumeiro.
Porém o espaço precisa ser aberto às
culturas invisibilizadas pelos currículos escolar. A cultura da população negra
e a desigualdade precisam ser legitimadas e reconhecidas pela escola e ter seu
espaço reconhecido.
Haver um mapeamento cultural do
local em que a escola se situa para contribuir com o currículo escolar e também
desenvolver possíveis elementos culturais para a escola.
Utilizar somente das datas
comemorativas não contribui para a discussão efetiva da abordagem sobre as
culturas diversificadas.
SEMANA 6: Vídeo-aula 23: Relações sociais de gênero: um
direito e uma categoria de análise
A professora Claudia Viana nesta
aula discute a temática de relações sociais em gênero. Abordar sobre gênero
refere-se a uma discussão sobre cidadania e vem da luta sobre os direitos das
mulheres. Esta luta remete a história e construção dos direitos e espaço social
que as mulheres buscam na sociedade.
O conceito ou categoria de análise
o gênero está ligado a desigualdade e aos conflitos, desde a inclusão de classe
e acesso a informação. As identidades feministas são conquistas criadas na
história e vem conquistada no coletivo.
O primeiro movimento feminista
(onda feminismo) século XIX, reivindicação ao direito ao voto. Segundo
movimento, a principal luta foi o aprofundamento das conquistas sociais e
políticas sob a estrutura patriarcal onde somente os homens dominavam e lideram
as famílias.
Há também as lutas acerca das
relações sexuais e questões de gêneros, definições sociais e escolhas por opção
sexual.
Há avanços, como variedades de
estruturas familiares e domésticas. Incorporação das mulheres no mercado de
trabalho remunerado fora do lar. Estruturação global do movimento feminista e
questionamento da heterossexualidade compulsória. Porém a professora enfatiza
também que há as permanências como segmentação do mercado de trabalho,
transposição do patriarcado para a fábrica, socialização de gênero e
heterossexualidade como padrão.
Gênero é a organização de uma
sociedade sobre a diferença sexual, como são concebidas as organizações
sociais, construções da realidade e não somente na biologia.
Questionar as considerações sobre
o que é natural e o que é construído na sociedade e que já estão embutida e
enraizada causando resistências as mudanças.
Vídeo-aula 24: Gênero e diversidade sexual: desafios para a prática docente
Como continuidade sobre gênero e
diversidade sexual a professora Claudia Viana aborda está temática nas práticas
escolares.
Faz parte dos Direitos Humanos a
discussão sobre gênero e diversidade sexual, isso se modifica em cada
organização social e leis. A organização social contribui para identificar e
regular as identidades de gênero e sexual.
O gênero está ligado a sexualidade
e são socialmente construídos. Atualmente há muitas discussões voltadas a
temáticas principalmente com urgência no âmbito educacional.
A partir dos anos 90 surgem as
discussões sobre a questão de gênero e defesa nos Direitos Humanos. Os
Parâmetros Curriculares Nacionais Ótica de Gênero, traz como forma de temas
transversais as referências para construção de currículos sobre o tema de
orientação sexual e gênero desde a educação infantil até a básica. .Os
Parâmetros Curriculares abordam diretrizes que discutem questões sobre o
gênero, corpo e doenças sexualmente transmissíveis.
Porém ainda há muitas divergências
quanto este assunto, pois tais questões ainda são dificultosas para se
trabalhar na sala de aula.
Romper com as ações
preconceituosas nas escolas em relação com a diversidade sexual ainda é um
desafio muito grande, pois envolve toda a comunidade, alunos e funcionários.
Tirar as vendas dos olhos para
enxergar as diferenças e sair da naturalização e da reprodução de estereótipos
de gênero.
SEMANA 7: Vídeo-aula 27: A produção da identidade/diferença - a questão religiosa
Nesta aula sobre a produção da
identidade/diferença e a questão religiosa a professora Roseli Fischmann
conversa sobre o assunto.
A pluralidade e singularidade
estão associadas a cada ser humano como diferença, mas estão ligado a uma
pluralidade de fatores, como comunidade, preferências e a sociedade.
A professora comenta que "são
múltiplos e diversos fatores, entrelaçados como memória e projeto, compondo a
identidade" (Alfred Schutz, Gilberto Velho).
A nossa memória lança nosso
futuro, somos o hoje através da construção e estrutura dessa memória e isso
compõe a identidade do individuo. Há um lugar da religião na construção da
identidade, sendo por eleição ou herança. Com o decorrer do tempo foram mudando
a visão geral sobre religiosidade e suas crenças.
Há herança vem da influência da
família como costumes de crenças e religiosidade, mas chega a um determinado
tempo que há eleição, ou seja, o individuo escolhe naquilo que crê. Não há como
pensar sobre religião sem outrora pensar em ética, porque a discussão envolve
respeito e estabelecimento das diferenças nas relações.
A diversidade religiosa acontece
no mundo, ms ela não acontece com desigualdade religiosa, ou seja, diferenças
existem, mas não podem ser desiguais.
A religião está ligada a política,
por ser questão social, embora o Estado seja Laico há a igualdade em direitos e
exercício da cidadania. O Estado Laico vem para separar a religião do governo
atribuindo identidade própria e funcionamento independente da religião, isso
está estabelecido na Constituição Federal de 1988.
A discriminação por motivos
religiosos fere a ética e fere a constituição no Brasil, podendo ser
considerado por crime de ódio.
Vídeo-aula 28: Encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa
A professora Roseli Fischmann dar
continuidade sobre a temática religiosa e convivência democrática sobre os
encaminhamentos pedagógicos na escola pública neste assunto.
O ensino religioso segundo a
Constituição de 1988 aparece no Artigo 210, lembrando que o a Constituição
aborda a liberdade de religião em seu artigo 5º e também no artigo 19º
determina a separação entre Estado e as religiões. Por isso, torna-se complexo o
artigo 210:
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino
fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos
valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º - O ensino
religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º - O ensino
fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos
próprios de aprendizagem.
O EREP (Ensino Religioso Escola
Pública) na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9394/1997. O
ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus
para os cofres públicos, de acordo com preferências manifestadas pelos alunos
ou por seus responsáveis.
Porém com as mudanças e submetido
a emenda da Lei n° 9.475 de julho de 1997, modifica-se por acordos e lideranças
e diz que o ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão. Este termo ficou bem complexo devido a liberdade de
escolha, respeito e igualdade e ainda vem sendo discutido na constituição
brasileira para que não seja ferido nenhuma diferença social.
A postura do professor e do
diretor frente a este assunto reflete sobre o uso apropriado do espaço público,
sendo que cada indivíduo deve respeitar este espaço e não minimizar os demais
deixando apenas suas escolhas religiosas. Existem muitos preconceitos sobre
religiosidade nas escolas, e que as crianças possam ter liberdade de
compartilhar e narrar suas escolhas religiosas.
Demonstração dos
fatos históricos que massacraram e perseguiram em nome de religião deve ser
abordado para haver conscientização e tolerância.
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